Nunca precisei da luz do luar para ver a estrela que havia em ti.
Nunca precisei da luz do dia para ver a tua imagem pura da mulher que me gerou. Como me sinto feliz por conservar saudades da minha Mãe.
Era um encanto os olhos da Senhora minha mãe.
Os olhos da vossa avó/bisavó a todos encantavam por onde passava, direi mesmo que eram a sua “marca d’àgua”. A vossa avó/ bisavó era uma mulher de personalidade muito forte, trabalhadora, mas sacrificada na vida. Adorava os filhos, procurando sempre ultrapassar as adversidades da vida que, foram muitas, para que nada lhes faltassem. Para os outros, com quem vivia de perto, havia sempre um dichote brejeiro. Era muito galhofeira, todos a adoravam naquele velho Bairro das Furnas.
Ainda não há muito tempo, quando dirigia palavra a uma sua vizinha no bairro dizia vaidosa a minha irmã vossa tia…Este é o filho da “Tia Georgina” … Ah pois é! Responde a sujeita depois de me reconhecer…Oh Raul que saudades eu tenho da tua mãe, parece que a estou a ver no Carnaval, mascarada e divertida com todos…
A vossa avó/bisavó, era pequenina na estrutura física, mas a sua forma de estar na vida era de desenvoltura e de audácia no enfrentar dos problemas.
Seus olhos eram azuis cor do céu! A sua neta mais velha – Madalena – foi a única que teve a benesse desta herança genética.
Quanto eu mais a olhava, mais encantado ficava com o brilho que aqueles olhos azuis irradiavam. Quando comigo zangada, que muito acontecia, os seus olhos um nada entortavam, mas não perdiam a sua beleza. Esta mulher nascida e criada na chamada zona saloia, em redor de Lisboa, mais propriamente em Montachique. Era a mais nova dos 9 irmãos (4 rapazes e 5 raparigas). Morreu há 24 anos no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, com 82 anos de idade.
I – A VIDA NA ALDEIA DE MONTACHIQUE
Nasceu em 1905. Seus pais, Joaquim Lourenço e Damascena dos Santos, deram-lhe o nome de Georgina dos Santos. Baptizaram-na na Igreja Matriz de Fanhões, no Concelho de Loures. Não foi à escola. A família vivia muito pobre. Comiam
do que o terreno baldio lhes dava.
As moçoilas, suas irmãs, lavavam e “coravam ao sol” as roupas dos senhores da grande cidade.
A vida da vossa avó/bisavó é-lhe madrasta desde muito nova. Com 9 anos de idade, em 1914, estoira a 1ª Grande Guerra Mundial, a falta e o racionamento dos bens de primeira necessidade começa a ser uma evidência muito forte. Três anos mais tarde, incorporado no primeiro contingente de soldados portugueses, vê partir da sua terra natal, para a guerra na região da Flandres francesa, um dos seus irmãos. Os outros três são sucessivamente chamados para servir o regime militar obrigatório mas já não foram à guerra. Dois outros irmãos (um rapaz e uma rapariga) de forma dramática desistem de viver ainda muito jovens.
Ainda criança, já lavadeira como as demais raparigas na terra, lavava a roupa numa ribeira por perto. Ficava encantada quando chegava o dia de auxiliar o carrego das trouxas, com as suas irmãs, para as galeras que as levavam a um dos paradeiros da cidade, mais propriamente ao Poço do Borratem, junto à Praça da Figueira, onde pernoitavam, tendo por companhia, por perto, os animais que as transportavam.
II – O ABANDONO DA SUA TERRA NATAL E O ENCONTRO COM A CIDADE
A vossa avó/bisavó era das raparigas mais bonitas de Montachique. Era a única, com os olhos da cor do céu. Aos 22 anos apaixona-se. Dessa paixão, aos 23 anos, nasce o primeiro filho, o Fernando, hoje já falecido. Ao confrontar-se a ficar mãe solteira, dado que o seu enamorado negou perfilhar o rapaz e assumir as responsabilidades do matrimónio, desgostosa, resolve abandonar a sua aldeia com o intuito de conseguir, na cidade, melhores oportunidades de trabalho com vistas ao sustento do seu filho, entregando-o temporariamente aos cuidados e à responsabilidade dos seus pais. E com a bênção destes, parte para Lisboa nas galeras que transportavam as trouxas. Já na cidade, valeu-lhe uma outra moçoila de cor preta, serviçal de um capitão, a quem há muito recebia e entregava, no paradeiro, a roupa da casa deste oficial.
A Antónia, assim se chamava a sua amiga, ao ver a vossa avó/bisavó sofredora
e chorosa, logo se prontificou a ajudá-la e a interceder junto do militar superior. Sendo que, nesse mesmo dia, a Dª. Georgina, ficou a ser colega desta sua grande amiga, na casa deste capitão, lá para os lados das Amoreiras.
Esta linda “criada de servir” de olhos azuis cor do céu, não passou despercebida a um rapaz moreno e bem pa-
recido que, dava pelo nome de Adriano Pica Sinos, vosso avó/bisavô, também morador na mesma freguesia de Stª Isabel. Daqui a levá-la para a barraca que construiu ou alugou no Casal do Louro nº 30, na Estrangeira de Cima, em Alcântara, foi um ápice. E, No ano de 1933, já com 28 anos de idade, para agregar ao seu companheiro e ao regressado, há muito, seu filho Fernando, já com 5 anos de idade, presenteia-os com o nascimento de uma outra criança, a minha irmã/vossa tia Helena.
III – OPERÁRIA, A VIDA SOCIAL E FAMILIAR
Mais tarde faz-se operária na “Fábrica das Colheres”, no 200 da Rua da Junqueira, às Janelas Verdes. Um acidente, com a máquina de moldar o estanho, marca-a para toda a vida. “Esqueceu-se” de retirar da guilhotina o dedo indicador da mão direita. Sendo certo que esta deficiência não a coibiu, após sair da fábrica, ser servente, com a função de partir pedra para as calçadas e passeios de Lisboa, numa das pedreiras em Alcântara.
No ano de 1935, estoira a guerra civil de Espanha. Em consequência dificilmente os parcos escudos que os vossos avós/bisavós recebiam, mal chegavam para adquirir os alimentos necessários para o sustento da família. Com a manutenção do racionamento dos alimentos imposta pelo governo, a vida complica-se ainda mais. O seu filho – Fernando – contrai a doença do peito (tuberculose) e, é novamente entregue aos cuidados da avó materna, a Dª. Damascena dos Santos, em Montachique.
Em 1939, o desgosto mais uma vez se instala na família. O Manuel Custódio, um outro filho da avó e do avô Adriano, morre de uma pneumonia aos 5 meses de idade. A mágoa é enorme e, como as desgraças não fossem suficientes, ao vosso avô/bisavô, é-lhe diagnosticada a doença de esclerose múltipla.
I
V - MUDAM-SE OS RUMOS, MUDAM-SE AS VONTADES
Dois anos mais tarde, por via da atribuição de uma casa de renda social ao vosso avô/bisavó, que era cabouqueiro e funcionário público da C.M.L., a D
. Georgina, com o seu companheiro e com a menina filha do casal, deixa a barraca, em Alcântara, para passar a viver no Bairro da Quinta da Boa Vista, em Benfica.
Aos 36 anos de idade, em 1 de Junho de 1941, contrai o matrimónio na igreja de Benfica. E, quando em 1942, consegue emprego na Comissão Reguladora do Laboratório dos Produtos Químicos e Farmacêuticos, ao Calhariz de Benfica, como servente e lavadeira, obviamente deixa a fábrica e o partir da pedra para outros.
Porém nem tudo é melhoria. A doença do seu companheiro, aliada à pobreza que afecta a todos os trabalhadores, sobretudo em Lisboa, constata, verifica, que o seu marido, vosso avô/bisavô, elege o vinho como “bom analgésico” para as dores que trás no corpo e, quiçá ”permitir-lhe o esquecimento” das amarguras do dia-a-dia. O constante “bambolear no andar” começa a ser preocupante. A D. Georgina sofre e muito.
De todo o modo a vida continua. Em 1945, a 13 de Dezembro de 1945, contrariamente ao que a vossa avó/bisavó pensara ser um mioma (tumor benigno no útero), por inchasso crescente na barriga, era uma nova gravidez, neste caso o vosso pai/avô, Raul Pica Sinos.
A família aumentava e as condições de habitabilidade dão-se por insuficientes. Então foram criadas as condições para junto da C.M.L. concorrer a uma nova casa social, com mais uma divisão (T3), num bairro de casas desmontáveis, recentemente construído, na Quinta das Furnas, bairro esse que ficava junto ao Jardim Zoológico – o que veio a acontecer em Outubro de 1948 –.
V - MELHORAM AS CONDIÇÕES DE HABITABILIDADE, MAS AS DA VIDA TARDAM
É muita a dureza do trabalho. Pela madrugada, às 05.30 horas, começava os seus afazeres com a limpeza no Laboratório ao Calhariz de Benfica. Acabadas as tarefas, quando chegava a casa, por volta do meio-dia, fazia o almoço para a família. Às 15.00 horas, no lavadouro social do bairro, começava a faina das
lavagens, do estender e do apanhar, depois de seca, a roupa e os atoalhados que trazia do laboratório. Já noite tinha lugar o cozinhar. Depois do jantar, não raras as vezes, ficava silenciosa, sentada/debruçada na mesa pela noite dentro. Era visível o seu sofrimento pela má sorte na vida, quer por via da dureza profissional, quer por via dos afazeres domésticos.
Não obstante os dias passam! O vosso avô/bisavô começava, com o agravar da doença (esclerose multiplica), cada vez mais a encontrar na bebida “agasalho” para as tristezas do seu dia-a-dia. Situação que motivava grande desgosto à D. Georgina. Originando, com muita frequência, discussões e desavenças deveras complicadas.
Os pobres não tinham alternativas, procuravam esquecer os “amargos na boca” e as mágoas, conforme a vida lhes permitia. Contudo e com o crescimento da família, a pouco-e-pouco, a vossa avó/bisavó, procurando fugir ao entristecimento, organizava, a custo, a lida da casa com vistas a viverem o melhor que podiam.
Em 1949, casa com 16 anos de idade, a sua filha Helena. Em 1951, nasce a sua 1ª neta – Madalena. Quatro anos mais tarde, nasce uma 2ª neta – Gina. Ainda em 1955, por razões de melhores condições de habitabilidade, a sua filha Helena, deixa o bairro das Furnas. Em 1958, com 13 anos idade, o seu filho Raul passa a trabalhar na Robbialac Portuguesa. A casa da vossa avó/bisavó fica mais vazia e, desta oportunidade, reivindica e consegue um quarto só para si. Passa a dormir sozinha.
VI – COMO NAS MOEDAS, TAMBÉM A VIDA TEM DUAS FACES
A vossa avó/bisavô, para desanuviar as tristezas que a assolam, desafiada pelas suas grandes amigas e vizinhas da mesma rua do Bairro – a Ilda dos “Óculos”, a “tia” Carolina, a Rosa, a Esperança, a Mª do Carmo, entre outras, inscrevia-se, com o marido e o filho Raul, em passeios que, eram pagos em prestações pecuniárias ao longo do ano. Estas excursões eram sobretudo ao norte do país e tinham como duração de 5/8 dias de viagem. Eram no verão, nos poucos dias de férias que se conseguia. A maior parte das refeições eram confeccionadas junto das camionetas que as transportavam que eram da pertença da Cooperativa
Lisbonense de Chauffeurs – “Palhinhas”. As dormidas do pessoal, eram dentro ou fora das mesmas, enrolados em mantas.
Outros motivos de regular distracção da D. Georgina e amigas, sobretudo da Ilda dos “Óculos e da Esperança, também eram, nas noites de verão, algumas “saltadas” à Feira Popular, localizada à época, no Parque José Maria Eugénio, na Praça de Espanha. A barraca dos “espelhos” era visita obrigatória. Esta barraca provida de espelhos que deformavam o corpo, também estava equipada com altifalantes para o exterior, permitindo ouvir, a quem passava, o gargalhar no interior. As risadas destas “folionas” eram tantas que não raras as vezes, outras entravam para se juntarem à “festa”.
Também pelo Carnaval a vossa avó/bisavó não perdia um dia da folia. Sempre mascarada, por vezes com a farda do trabalho do marido, com a vassoura pelas costas. Enfiava na braguilha uma cenoura, fazendo rir a bom rir quem por ela passava. Como aquela gente a adorava. Sobretudo a juventude que a cumprimentava sempre com um beijo.
Mas nem tudo eram sorrisos. A doença do vosso avô/bisavô agrava o seu estado de saúde físico e mental. É dado como incapaz para o trabalho. No ano 1962, pela força, é internado no hospício do Telhal
VII – CHORAM-LHE OS OLHOS AO VER PARTIR O SEU “MENINO” PARA A GUERRA
Em Março do ano de 1966, já com 61 anos de idade, a sua coragem enfraquece quando vê o filho Raul ingressar nas fileiras do exército. Um ano mais tarde, mais propriamente em Abril de 1967, ao saber que o seu “menino” está mobilizado para a Guiné, corre ao encontro do Mário para que este interceda junto de alguém (?) com vistas a anular a guia de marcha para a guerra. Sem êxito.
O Mário era preto e bem constituído! Era funcionário público, desconhecendo o autor em que serviço estava colocado e o que fazia. Era filho da Dª Antónia, sua grande amiga e colega enquanto criada de servir. Foi esta sua amiga que valeu à Dª. Georgina por ocasião do abandono da sua terra natal quando moçoila. A Dª. Antónia, também já vivia no Bairro das Furnas, na Rua dos irmãos Nina e Lélé, mesmo ao lado do revisor da CP, o Sr. Caixinha.
O Mário, filho mais velho da Dª. Antónia, também chamava de “mãe” à vossa avó/bisavó. Ao que se julga saber, tal carinho advinha de acontecimentos em períodos passados quando ele, miúdo, a visitava na barraca em Alcântara. A vossa avó/bisavó possuía um “par” de galinhas e uma cabra da qual extraía o leite para a família. Quando o Mário dizia que tinha fome, deixava-o mamar nas tetas da cabra até se saciar. Gesto que nunca esqueceu por agradecido.
É no cais de Alcântara, que mais uma vez os seus lindos olhos azuis choram de tristeza. Este cais, outrora local de giro, em algumas tardes de domingo, com a sua filha Helena, é agora palco para ver muitos meninos partirem para a guerra. E o seu vai também. A dor mais uma vez se instala naquele corpo pequenino e já ligeiramente curvado da idade.
VIII – RUA DOS PLÁTANOS Nº 14, UMA CASA CHEIA DE SAUDADES
À D. Georgina, já há muito é uma mulher reformada. O seu marido está internado na Casa de Saúde do Telhal sem recuperação possível. O seu “menino” está lá muito longe na guerra colonial. Vale-lhe como companhia a sua amiga Dª. Esperança, as vizinhas da sua rua dos Plátanos e a gata – a Zaruca –.
Visita assídua da casa passa também a ser também uma jovem de 20 anos, a Mª Emília, hoje vossa avó, e à época namorada do seu filho Raul e sua futura nora, trazendo-lhe, de quando em quando, as notícias em cartas que chegam da Guiné.
Em 1968, mais propriamente no mês de Dezembro, o corpo do marido passa a descansar em paz no cemitério de Benfica. E como de desgraças já bastassem, para sua distracção, começa a ser visita assídua do Jardim Zoológico. Distribuindo, aqui-e-ali, pedaços de pão, já duro, pelos animais, sendo-lhe atribuído pela Direcção do Zoo um cartão de benemérita, o que lhe permitia entrar no recinto, no horário das visitas, sem nada pagar.
Mas embora mais velha, a vida vai mudando felizmente para melhor. Em Março de 1969, o seu menino Raul regressa, são e salvo da Guiné. E os preparativos para o casamento do seu filho agora regressado, não se fizeram esperar. No dia 5 do mês de Maio desse mesmo ano acontece festa rija na aldeia do Pombalinho, lá para os lados da Golegã. A sua nora, a Mª Emilia, Uma das suas “filhas da terra” opta por casar na sua pequena capelinha. Ao contrário do que aconteceu no casamento da sua filha Helena, a presença da D. Georgina, foi bem notada em toda a cerimónia. Desta vez a confecção da boda e do abrilhantar das mesas coube a outros.
IX – NETAS, BISNETOS E UMA NOVA CASA
A sua filha Helena já lhe tinha dado 2 netas, a Madalena e a Gina, que a amiúde a visitavam no seu velho Bairro das Furnas. O seu filho Fernando, a viver no Bairro de Stª Cruz em Benfica, também já tinha contribuído para o aumento da família ao dar-lhe 2 netos e 2 netas – o Amadeu, a Fernanda, o Fernando e a Cristina. Faltava agora o seu rapaz que, casado, saiu de sua casa para ir viver um pouco mais acima, no Calhariz de Benfica, na antiga casa dos seus compadres, dizendo a D. Georgina, não poucas as vezes…não quero morrer sem ver os filhos do meu Raul... Prece que foi atendida por muitos bons anos.
3 Anos mais tarde, no ano de 1972, nasce a primeira neta filha do seu Raul,
a Ana Sofia, vossa mãe (do Luís e da Inês) e tia (da Lara). Neta que não a viu só nascer como a ajudou a criar, ficando inclusive à sua guarda durante e no horário em que os pais trabalhavam. Também a acompanhou durante 2 anos no trajecto da ida e no regresso à escola primária do velho Bairro das Furnas.
Há muito que se falava da construção de um novo Bairro das Furnas. O velho bairro, construído com paredes de lusalite cinzentas, foi inaugurado em 1946. Era tido como um “bairro provisório de casas desmontáveis”. Provisoriedade que só cerca de 30 anos mais tarde acabou, realojando-se por fases os moradores. Agora, no ano de 1976, os/as prédios/casas de construção em cimento e de tijolo, no primeiro grupo de moradores a ser realojado a sul do bairro, a D. Georgina estava incluída, ficando doravante aos cuidados da sua filha Helena, agora com ela novamente morar.
Corria o ano de 1978, quando a sua neta Madalena lhe dá a primeira bisneta, a Susana. Em 1979, cabe a vez da sua neta Gina de lhe dar mais um bisneto, o José Pedro, não parando, como natural, a família deixar de aumentar. Em 1980, do seu filho Raul, nasce mais uma menina, a Catarina.
Quando alguém perguntar quem foi a vossa avó/ bisavó, digam que foi uma das raparigas mais bonitas da sua aldeia natal e a única com os olhos azuis cor do céu. Digam que foi uma mulher pobre, sacrificada mas honrada na vida. Foi uma mulher de personalidade muito forte e trabalhadora. Adorava os filhos, netos e bisnetos. Morreu a 19 de Março do ano de 1987, no “Dia do Pai”, que descanse em paz.
As fotos:
A D. Georgina com 36 anos. Um grupo de lavadeiras (Google). A galera do filme Aldeia de Roupa branca transporte da roupa. Uma panorâmica do velho Bairro das Furnas. O Lavadouro do velho Bairro das Furnas do Livro “O Meu Bairro das Furnas”. A D. Georgina com a Ilda dos óculos. A D. Georgina no Jardim Zoológico. A D. Georgina com a neta Sofia
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