domingo, 4 de maio de 2008

O 39º ANIVERSÁRIO DO NOSSO CASAMENTO


Parabéns á minha mulher pelo dia de hoje e por todos os que comigo tem partilhado ao longo dos anos

Faz hoje 39 anos que somos casados. Casei com a Maria Emília, cerca das 10 horas, numa pequena igreja na Aldeia do Pombalinho, terra natal dos seus pais.

Saí da casa da Júlia, tia da noiva, e como manda a tradição fui espera-la à sua porta mais abaixo, na mesma rua, seguindo a prometida à minha frente com os seus convidados, eu com os meus um pouco mais atrás, caso contrário a noiva não sairia da casa dos seus progenitores.

È verdade que nesse dia, 4 de Maio de 1969, as coisas estiveram um pouco complicadas. Dois dos meus convidados estavam na estação do caminho-de-ferro, a cerca de 20 quilómetros da aldeia, mais propriamente em Santarém, sem possibilidades de transporte.

Não tendo ninguém que os fosse buscar de pronto me meti ao caminho no alcance dos dois meus grandes amigos, ficando todos os convidados, os meus e os dela, na expectativa tal não foi a demora.

Ao chegar, deixo o fotógrafo sem o trabalho de me fotografar e depressa vou ao alcance da minha amada, fula pois então. Na verdade a saída da casa da tia Júlia talvez tenha demorado um pouco mais de meia hora do que estava programado.

Quem não gostou nada da brincadeira foi o velho padre, que em “brasa” mandou recado que “ou aparecíamos no espaço de cinco minutos ou não havia casamento para ninguém”, alegando o compromisso com outra cerimónia na vila de Azinhaga, terra natal do José Saramago, a 8 quilómetros, lá para os lados da Golegã.

O que veio a seguir é que foi giro: o desfile nupcial a correr para a igreja, a noiva levou a maior parte do tempo com vestido ligeiramente levantado para não tropeçar na correria, a minha irmã por vezes a segurar a capelina para que não caísse da cabeça, os convidados mais velhos a deitar os “bofes” pela boca fora, o meu cunhado, nervoso colocou a fita da máquina de filmar ao contrário não havendo filme da cerimónia para ninguém, calmo ia eu, de mãos nos bolsos e de braço dado com a minha mãe. O tempo dado pelo padre para prolongamento foi cumprido, a cerimónia lá se realizou e os sinos repenicaram.

Como vim a saber que o outro casamento que o velho padre tinha previsto para realizar só estava marcado para a tarde desse dia, para castigo não o convidei para a boda que teve bailarico e a presença cerca de 120 pessoas.

Três anos mais tarde nasce, a 23 de Junho de 1972, a Sofia, a nossa primeira filha e oito anos mais tarde a 24 de Junho, nasce a segunda filha a Catarina.

2 comentários:

José Justo disse...

Raulão
Estás cinco estrelas, pareces um galã dos anos 70 !!
Tantos anos de felicidade entre dois seres...hoje em dia...é de louvar e apreciar.
Continuem mais 40 juntinhos !!

leandro guedes disse...

É sempre agradavel ver alguém que com entusiasmo recorda 39 anos de casado. Eu também fiz este ano 37 anos de casado, em Março.
Sabes que nestes tempos, já é meio careta festejar mais que 3 ou 4 anos de casado. São cotas, são mentirosos. Mas para nós, velhos, é agradavel esta ligação por toda uma vida. Com altos e baixos é certo, mas quem os não tem?
Parabens a ti e à tua mulher. Continuem bem um com o outro, com saude, na companhia dos vossos rebentos.
Parabens e um abraço.